Ronco em adultos e crianças  

RONCOS EM ADULTOS

Sintomas diurnos

Despertar preguiçoso, sonolência (dormir em reuniões, no computador, na tv, etc.), diminuição da concentração, cefaléia matinal, boca seca, ardor ou dor na garganta ao acordar, diminuição da motivação, ansiedade, irritabilidade, depressão, diminuição da memória.

Sintomas noturnos

Ronco, insônia, crises de parada respiratória, crises de engasgos, sono agitado, poliúria (necessidade de urinar freqüentemente), sensação de sufocação, sono não repousante.

Consequências potenciais

Hipertensão pulmonar, problemas neuropsiquiátricos, doenças das coronárias, infarto do miocárdio, disfunção sexual (impotência, frigidez), lesões por acidentes, principalmente de carro.

Exames

O principal exame para o diagnóstico da SAOS no adulto é a polissonografia, mas poderão ser necessários outros exames como: fibronasofaringoscopia com manobra de Müller, tomografia computadorizada dos seios, da face e da nasofaringe, ressonância nuclear magnética dos seios, da face e nasofaringe, cefalometria, análises sanguíneas. A polissonografia vai nos fornecer os índices de apnéias e hipopnéias, o índice de dessaturação da oxihemoglobina, e o índice de distúrbio respiratório. Estes índices permitirão ao médico classificar a SAHOS em:ronco

  • leve - índice de apnéias/hipopnéias de 5 - 15;
  • moderada - índice de apnéias/hipopnéias de 16 - 30;
  • severa - índice de apnéias/hipopnéias maior que 30.

Fatores que contribuem para o ronco

Respiração bucal, anatomia desproporcional das vias aéreas superiores, desvios do septo, hipertrofia das conchas nasais, hipertrofia dos pilares, hipertrofia das tonsilas palatinas e faríngeas, hipertrofia da úvula, macroglossia, glossoptose, hipertrofia das tonsilas linguais, retrognatismo, alterações maxilomandibulares, etc.

Sintomas freqüentes nos roncadores

Boca seca, ardor na garganta, pigarro, sialorréia, mau hálito, cansaço matinal, sonolência diurna, cefaléia matinal, refluxo gastro-esofágico, paradas respiratórias durante o sono, acordar freqüentemente durante a noite.

Aumento da mortalidade em roncadores

Além de ocasionar sonolência diurna e sono não reparador, o ronco pode aumentar o refluxo gastro-esofágico, e ainda pode desencadear alterações psiquiátricas, maior índice de acidentes de carro e maior índice de doenças cardiovasculares.

Tratamento de SAHOS e SRVAS

O tratamento clínico depende da gravidade da doença, e pode incluir:

  • emagrecimento;
  • exercícios físicos;
  • posição da cama ao dormir (cabeceira 15cm mais alta);
  • evitar leite de vaca e derivados, abuso alimentar, álcool, café, chá preto e mate cinco horas antes de dormir;
  • evitar dormir na posição que mais ronca ou tem maior número de apnéias;
  • evitar sedativos, antihistamínicos e indutores do sono;
  • nas apnéias graves pode-se utilizar auxílio respiratório (CPAP, BPAP, etc.);
  • avaliação ortodôntica;
  • cirurgias para desobstrução das cavidades nasais, desobstrução da nasofaringe, para aumentar o espaço na orofaringe;
  • cirurgias de avanço da mandíbula e maxilar;
  • alguns medicamentos podem melhorar a quilidade do sono.

Cirurgias

Para desobstrução das cavidades nasais (geralmente necessária para que possa ser utilizado o CPAP) e da nasofaringe; para aumentar o espaço na faringe, para diminuir o tamanho da língua, para tracionar a língua para a frente, etc., utilizando métodos tradicionais, a laser, coblation, etc., ou ainda cururgias ortognáticas.

RONCOS EM CRIANÇAS

Sintomas diurnos

Despertar preguiçoso, sonolência (dormir nas aulas, no recreio, etc.), dor de cabeça, diminuição da concentração, diminuição da motivação, rendimento escolar diminuido, ansiedade, irritabilidade.

Sintomas noturnos

Ronco, sono agitado, enurese (urinar na cama), poliúria (necessidade de urinar freqüentemente), movimentação anormal das pernas e/ou braços, crises de parada respiratória, crises de engasgos, acordares freqüentes.

Consequências potenciais

Hipertensão pulmonar, problemas neuropsiquiátricos, diminuição do desenvolvimento físico e/ou intelectual.

Causas de SAHOS e SRVAS em crianças:

  • anatômicas nasais (hipertrofia das conchas nasais, desvios do septo nasal);
  • anatômicas nasofaríngeas (hipertrofia das tonsilas faríngeas, atresia coanal, etc.);
  • anatômicas orofaríngeas (hipertrofia das tonsilas palatinas e/ou linguais);
  • anatômicas craniofaciais (atresia palatal, retrognatia, glossoptose, etc.);
  • neuromusculares (miastenia, paralisia cerebral, Síndrome de Down, etc.);
  • metabólicas (hipotireoidismo, obesidade, etc.);
  • outros.

Exames

O principal exame para o diagnóstico da SAHOS na criança é a polissonografia, mas poderão ser necessários outros exames como: fibronasofaringoscopia com manobra de Müller, tomografia computadorizada dos seios, da face e da nasofaringe, ressonância nuclear magnética dos seios, da face e nasofaringe, cefalometria, análises sanguíneas. A polissonografia vai nos fornecer os índices de apnéias e hipopnéias, o índice de dessaturação da oxihemoglobina, e o índice de distúrbio respiratório. Estes índices permitirão ao médico classificar a SAHOS nas crianças em:

  • leve - índice de apnéias/hipopnéias de 0 - 10;
  • moderada - índice de apnéias/hipopnéias de 11 - 20;
  • severa - índice de apnéias/hipopnéias maior que 21.

Fatores que contribuem para o ronco

Respiração bucal, anatomia desproporcional das vias aéreas superiores, desvios do septo, hipertrofia das conchas nasais, hipertrofia dos pilares, hipertrofia das tonsilas palatinas e faríngeas, hipertrofia da úvula, macroglossia, glossoptose, hipertrofia das tonsilas linguais, retrognatismo, alterações maxilomandibulares, etc.

Tratamento de SAHOS e SRVAS em crianças

O tratamento clínico depende da gravidade da doença, e pode incluir:

  • emagrecimento;
  • exercícios físicos;
  • posição da cama ao dormir (cabeceira 15cm mais alta);
  • evitar leite de vaca e derivados, abuso alimentar, refrigerantes, cinco horas antes de dormir;
  • evitar dormir na posição que mais ronca ou tem maior número de apnéias;
  • evitar sedativos, antihistamínicos e indutores do sono;
  • nas apnéias graves pode-se utilizar auxílio respiratório (CPAP, BPAP, etc.);
  • avaliação ortodôntica;
  • cirurgias para desobstrução das cavidades nasais, desobstrução da nasofaringe, para aumentar o espaço na orofaringe utilizando métodos tradicionais, a laser, coblation;
  • cirurgias de avanço da mandíbula e maxilar.

Classificação das alterações do sono baseada nos sintomas clínicos na criança

Grau 1 - ronco primário, repiração regular com ruído excessivo;
Grau 2 - ronco com respiração irregular, pausas respiratórias curtas;
Grau 3 - ronco com respiração irregular, pausas respiratórias de até 6 segundos (SRVAS);
Grau 4 - ronco intenso, com respiração irregular e grandes pausas respiratórias (SAHOS).

Em qualquer grau pode haver:

  • hiperreatividade;
  • agressividade e/ou depressão;
  • diminuição do rendimento escolar;
  • dessaturação patológica da oxihemoglobina nos graus 2 e 3;
  • hipoxemia, arritmias cardíacas, aumento do coração no grau 4;
  • diminuição da ventilação com colapso parcial ou total das vias aéreas, levando à hipercapinia, hipóxia e acidose que pode determinar sobrecarga e hipertensão pulmonar.